O Glutamato Monossódico (MSG) é o sal sódico do ácido glutâmico, um aminoácido essencial presente em todas as proteínas, tanto de origem animal quanto vegetal. Ele é composto por aproximadamente 78% de ácido glutâmico livre, 21% de sódio e até 1% de contaminantes.
Naturalmente, o glutamato também se encontra no nosso organismo, onde desempenha a função de atuar como um importante neurotransmissor no sistema nervoso central. Em alimentos, ele confere o sabor umami, um dos cinco gostos básicos do paladar humano. Segundo Lansky, “O glutamato tem um sabor distintivo, que é fundamental para a experiência gustativa”.
A descoberta do glutamato remonta ao ano de 1907, quando o Professor Kikunae Ikeda iniciou suas investigações para identificar a origem desse sabor característico. O professor percebeu que o “caldo” feito de kombu (uma alga marinha), comum na culinária japonesa, apresentava um gosto que não se encaixava nas categorias tradicionais de sabores, levando-o a extrair cristais de ácido glutâmico, que mais tarde foi denominado como glutamato. Ikeda descreveu esse sabor inédito como “umami”, que rapidamente se tornou um ingrediente popular na indústria alimentícia, principalmente para realçar o sabor de diversos pratos.
Entretanto, a utilização do MSG também é rodeada de controvérsias. Desde a década de 1960, ele começou a ser associado a reações adversas, criando uma discussão sobre sua segurança. Embora a maioria das pesquisas científicas não tenha encontrado evidências conclusivas de que o MSG causa efeitos adversos significativos para a saúde, é importante destacar que algumas pessoas podem ser sensíveis a esse aditivo. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) consideram o MSG seguro para consumo.
Uso e Efeitos do MSG
O MSG não é apenas um tempero como sal e pimenta; ele realça o sabor dos alimentos, tornando carnes processadas e refeições congeladas mais saborosas. Os salgadinhos e biscoitos também costumam conter MSG, o que pode aumentar a vontade de consumir mais desses produtos. Isso ocorre porque o glutamato intensifica o prazer sensorial da comida, fazendo com que muitas pessoas não consigam parar de comer até o pacote acabar.
Originalmente extraído de algas marinhas e da proteína do trigo, o glutamato passou a ser produzido de outras formas, como a fermentação da cana-de-açúcar. A demanda industrial cresceu tanto que, em 2007, a produção anual de MSG foi estimada em 2 milhões de toneladas.
Quando consumido, o glutamato é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea e pode atravessar a barreira hematoencefálica, atingindo regiões do cérebro. No entanto, seu consumo excessivo pode ter consequências negativas, como a superexcitação das células nervosas, o que o classifica como uma excitotoxina. Estudos sugerem uma associação entre o consumo de MSG e condições neurológicas, como Alzheimer e Parkinson, além de problemas de aprendizado e hiperatividade.
Pesquisas também indicam que indivíduos que consomem MSG podem ter maior predisposição ao ganho de peso e ao desenvolvimento de alergias, mesmo com uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas. É importante destacar que o consumo de glutamato deve ser evitado em situações de estresse, pois pode agravar problemas como batimentos cardíacos irregulares e falta de concentração.
A Interseção do Shingyo e a Alimentação Consciente
Ao refletir sobre o papel do glutamato em nossa dieta, é fundamental considerar a prática do Shingyo, que simboliza a purificação e a busca por uma alimentação mais saudável. O Shingyo nos ensina que a purificação do organismo não é apenas uma limpeza física, mas uma transformação completa envolvendo mente e espírito. Para que a purificação seja efetiva, é imprescindível adotar hábitos alimentares saudáveis e conscientes.
O glutamato não deve ser visto apenas como um tempero que realça o sabor dos alimentos. Ao optar por consumir produtos que contêm MSG, é essencial refletir sobre a qualidade e a origem de nossa alimentação. Trocar alimentos processados e ricos em glutamato por opções frescas e naturais pode intensificar não apenas nosso prazer gustativo, mas também nossa vitalidade e bem-estar integral.
Além disso, devemos ser conscientes em relação ao uso de aditivos alimentares, especialmente quando se trata de crianças. A pesquisa do IBGE destaca que muitas crianças estão expostas a alimentos que contêm aditivos, alguns deles reputados por seus potenciais efeitos adversos à saúde.
A Sabedoria da Alimentação Saudável
A verdadeira essência da alimentação vai além do mero prazer gustativo; envolve a conexão com a energia vital dos alimentos. Alimentos primários e menos processados tendem a ter uma energia espiritual mais densa, resultando em sabores mais ricos e nutritivos. Quando a comida é apreciada com gratidão, ela não apenas alimenta o corpo, mas também nutre a mente e o espírito.
Além disso, mesmo que certos alimentos contenham toxinas naturais, estes são, geralmente, mínimos e podem ser eliminados por processos naturais de purificação. Portanto, não há mal em consumir alimentos como carne, desde que a ingestão seja moderada e consciente.
Considerações Finais
O Glutamato Monossódico pode oferecer sabor e prazer, mas sua inclusão na dieta deve ser acompanhada de um olhar atento sobre nosso estilo de vida e escolhas alimentares. Ao integrar práticas como o Shingyo em nosso cotidiano, podemos não apenas purificar nossos corpos, mas também harmonizar mente e espírito em busca da verdadeira saúde.
Dessa forma, a escolha de alimentos deve ser uma expressão do nosso compromisso com a saúde integral e um meio de desfrutar da vida com vitalidade e clareza.